Costumava tirar todos os relógios de perto pois tinha medo de ouvir o tempo a fugir de nós. Costumava serrar os olhos em cada momento que me tocavas para guardar na minha memória somente o teu toque. Sentada ao teu lado, queria decifrar cada respirar teu, cada olhar, cada gesto. Queria decifrar o teu significado neste mundo e no meu mundo. Toda a verdade residia na tua garganta e toda a minha admiração borbulhava no teu sangue. Tu disseste que nunca nos separariamos, juraste que precisarias sempre de mim, gritaste que nunca me deixarias cair. Sorri e pensei que nunca precisaria de chorar de mágoa, pois nunca te iria perder.Nunca pensei que tivesse que escrever tudo isto no passado.

6 comentários:
É por nunca pensarmos assim que acabamos por sofrer ainda mais. Amar e viver no limite da intensidade é maravilhoso. Sair disso também em parte nos devia ensinar a sê-lo também.
Mas não.
contigo.
*
Belíssimo!
E pouco mais há a dizer quando o David já disse tudo!
Beijinho,
" o meu passado é tudo quanto não consegui ser "
parabéns pela transparência dos teus textos, não é fácil...
beijinho :)
obrigado , obrigado mesmo :')
às vezes esrever no passado significa que ele valeu a pena , e que nem tudo nele foi mau . força !
beijinho *
vai a merda David
Gostei imenso :)
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